Cuidados básicos evitam intoxicação alimentar
Saúde Pedro Serápio /26/01/2010 | 00:12 | Luciana Romagnolli
Após sofrer intoxicação alimentar em viagem, Ionete Hasse sempre verifica a higiene do local onde se alimenta
Casos de diarreia e vômito preocupam autoridades sanitárias no Litoral, que recomendam verificar a higiene dos estabelecimentos.
Nesta temporada, os casos de diarreia e vômito no Litoral começam a chamar a atenção das autoridades sanitárias. Só no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Matinhos, entre 15% e 20% dos 250 a 300 atendimentos diários são de casos de gastroenterocolite adulta , cujos sintomas são vômito, diarreia e febre. A Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) investiga se a contaminação está sendo causada por vírus ou bactéria. Seja qual for o caso, a responsável pela Epidemiologia do hospital, Gina Giandarresi, reforça: é importante cuidar da higiene na alimentação sempre.
Só nos primeiros 31 dias da temporada, entre 19 de dezembro e 20 de janeiro, a Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu) – força-tarefa de fiscalização que reúnde as polícias Militar e Civil, Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros e Conselho Tutelar – interditou no Litoral 24 estabelecimentos entre restaurantes, lanchonetes e bares. Só em Matinhos foram 15. “A maioria estava precisando de uma limpeza geral e de dedetização”, diz o chefe da seção de Vigilância e Saúde da 1ª Regional de Saúde da Sesa, Diovaldo Almeida de Freitas.
Verificação
Justamente pelo temor de ter problemas de saúde que a professora Ionete Hasse, de Pato Branco, no Sudoeste do estado, toma todas as precauções na hora de escolher o estabelecimento onde se alimentar em Matinhos. Ela verifica se as verduras são frescas e se os alimentos estão bem acondicionados. “Sou gata escaldada”, diz a professora, que já sofreu intoxicação alimentar em viagem. “A atitude dela é correta, mas deve-se observar a limpeza do estabelecimento como um todo, desde os banheiros, salão, apresentação dos atendentes e, se possível, ver como está a cozinha”, orienta Lígia.
Quem faz as refeições na casa de veraneio, em especial alugada, também precisa se ater à adequação da cozinha, que nem sempre é bem equipada. Na falta de um local para resfriar os alimentos, a ordem é desistir do consumo. “Ou você consome o alimento mantido sob refrigeração ou não consome, principalmente os protéicos”, orienta a nutricionista. Outra dica é para os dias de festa: nada de deixar os alimentos expostos em temperatura ambiente por muito tempo. “Em duas horas de exposição, há grande risco de danos à saúde.”
A dona de casa curitibana Vera Pimentel, 54 anos, toma todas essas precauções quando ela mesma está no fogão, como usar touca e avental. Mas nunca havia tomado o cuidado de verificar essas questões quando se alimenta fora de casa. Ontem, pela primeira vez, ela foi à cozinha do restaurante onde almoçava. “Foi importante ver que eles também têm higiene. Isso me deu uma ótima impressão.”
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